À MARGEM DA LEI SÃO TODOS MARGINAIS

Há alguns dias li uma matéria com o Wadih Damous, presidente da OAB-RJ. Disse ele em relação à operação no Rio: “a lei tem de ser respeitada”. De que lei será que ele estava falando?

Segue a nota da Associação Juizes para a Democracia (AJD) repudiando o modo como estam sendo conduzidas as operações no Rio.

Nota Pública
30/11/2010 – 20h48

A ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA – AJD, entidade não governamental e sem fins corporativos, fundada em 1991, que tem por finalidade estatutária o respeito absoluto e incondicional aos valores próprios do Estado Democrático de Direito, em consideração às operações policiais e militares em curso no Rio de Janeiro, vem manifestar preocupação com a escalada da violência, tanto estatal quanto privada, em prejuízo da população que suporta intenso sofrimento.

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14ª SEMANA DE ARTE MODESTA

Mesmo que por uma semana, a Arte Modesta traz uma nova compreensão do espaço universitário, colonizado pela rotina. Por meramente reafirmar algo que já faz parte da dinâmica social da PUC, a SAM fará o conservadorismo renovado colocar a cara à tapa.

O espaço é aberto para livre manifestação da comunidade puquiana e por isso a programação não é fechada ou restrita. Pelo contrário, está sujeita a constate oscilação, permitindo intervenções a qualquer instante. O tema deste ano é “VIGIAR E SORRIR”, debatendo o que compõe as suas entranhas, pois, afinal, cometeram o absurdo de tornar até mesmo a Modéstia transgressora.

VIGIAR E SORRIR
16 a 19 de novembro de 2010 na PUC-SP

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REVISTA DO FOCA 2010

Esta é a revista feita pelos estudantes do primeiro ano, noturno, do curso de jornalismo da PUC-SP. Infelizmente, minha matéria caiu. Era sobre um projeto que alguns rapazes montaram em Ribeirão Preto. Por ética não direi o nome do projeto. Apenas adianto que, misteriosamente, eles não responderam mais aos meus e-mails, o site (foco da matéria) não possui nenhum telefone para contato e nos momentos em que pedi algum número, não informaram. Também não encontrei, em tempo hábil, outra forma de contatá-los. Em contrapartida, como eu já estava cuidando da arte de entrada da revista, o professor responsável jogou o Editorial no meu colo. Adorei.

Abaixo, clicando sobre a capa, o link leva para o visualizador de documentos Issuu. No site, clicando na borda ou usando as setas do teclado é possível folhear a revista. Clique em “Fullscreen” para ver em tela cheia.

Clique para folhear a revista


Expediente:

PROFESSOR RESPONSÁVEL
Wladyr Nader
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
Fabiana Coletta (Matérias)
ASSISTENTE DE EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
Alexandre Maciel (5 primeiras págs. e contracapa)
REPÓRTERES
Alan Gabrielli Azevedo, Alexandre Bazzan, Ana Paula de Araujo, Cristiane Salgado Nunes, Edson Ferreira, Eduardo Diamenti, Gabriela Baio Meschini, Julia Mattos, Lucas Eduardo, Marjorie Okuyama, Thais Paiva, Thiago Cara, Vanessa Elias Khouri
EDITORIAL
Alexandre Maciel
FOTO DE CAPA
Terence S. Jones (Creative Commons)
CONTRACAPA
Renato Parada (foto gentilmente cedida, com autorização da retratada, Andréa del Fuego)

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FATIGUE

Cansado. Escrevendo em tantos lugares menos no meu espaço. Aí complica, né?! Apesar de tudo, sinto – como há muito tempo não acontecia – que está valendo a pena. Tem de estar.

Trabalhei minha vida toda em subempregos, atualmente estou desempregado e indo para a faculdade apenas com o dinheiro da condução. Tudo bem que vou pagar a conta só depois que sair do bar. Porém, nunca estive mais satisfeito. Feliz de verdade.

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NADA É IMPOSSÍVEL DE MUDAR

Desconfiai do mais trivial ,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural,
nada deve parecer impossível de mudar.

Bertold Brecht (1898-1956)

O “VERMELHO ALMODÓVAR”

Uma análise da coloração utilizada no filme “Fale com ela”, de Pedro Almodóvar.

por Alexandre Maciel

Fale com ela” é o típico filme cuja identidade do diretor está presente de forma muito clara. A sexualidade abordada de maneira sublime, o retrato do trabalhador urbano, o humor inteligente e requintado, a ausência da relação norte-americanizada e extremamente exagerada entre “mocinho e vilão”. Todos esses elementos não deixam dúvidas: “Fale com ela”, lançado em 2002, trata-se de “um legítimo Almodóvar”.

Mas, mesmo para quem vê apenas imagens estáticas de cenas dos filmes do diretor espanhol, percebe que lá está presente uma marca registrada também por meio das cores. Bem definidas, bem aplicadas, bem valorizadas e, geralmente, bem vermelhas. Um rubro quase exclusivo do cineasta, ou, um “Vermelho Almodóvar”.

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